Categoria: Conferências & Apresentações

A caminho do fim do projeto Phoenix H2020, partilhámos uma síntese do nosso percurso coletivo.

Neste vídeo, apresentámos as intervenções da equipa do Societies and Environmental Sustainability Research Group do Centre for Functional Ecology – Science for People & the Planet, Laboratório Associado Terra da Universidade de Coimbra e da sua Extensão na Universidade Aberta de Portugal durante a conferência final do projeto Phoenix H2020, realizada no Parlamento Europeu, em Bruxelas, entre 4 e 5 de junho.

Coordenado por Giovanni Allegretti e co-coordenado por Sheila Holz, ambos do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, o projeto contou, por parte da Universidade de Coimbra, com a coordenação geral de Helena Freitas itas e, especificamente, com a coordenação das tarefas associadas à equipa do CFE-UC a cargo de Fátima Alves.

Ao longo destes 3 anos e meio, a nossa participação no PHOENIX traduziu-se em contributos diversos, combinando investigação, ação e reflexão crítica. Atuamos em várias frentes:

• No aprofundamento do entendimento da construção psico-sócio-cultural-legal da natureza e dos seus elementos, questionando a sua invisibilidade nos processos de decisão, nas estruturas e nos dispositivos;
• Na proposta e experimentação de metodologias de co-design democráticas, justas e plurais — onde os elementos da natureza e as gerações futuras também tenham voz na definição das múltiplas transições ecológicas que enfrentamos;
• No piloto Gata-Malcata, colaborando com atores locais na criação de processos participativos enraizados nos territórios.

Esta partilha é uma entre muitas que mostram que a participação não se resume a incluir pessoas — trata-se de reimaginar quem pode participar, como e em nome de quê.

O projeto PHOENIX aproxima-se do seu encerramento em julho de 2025, mas os desafios que enfrentamos permanecem mais atuais do que nunca.

Foi com enorme orgulho que acompanhámos ontem a participação da investigadora e doutoranda Anabela Paula do Societies and Environmental Sustainability Research Group do Centre for Functional Ecology – Science for People & the Planet, Laboratório Associado Terra da Universidade de Coimbra e da sua Extensão na Universidade Aberta de Portugal, na apresentação do trabalho desenvolvido no âmbito do projeto europeu Phoenix H2020, que visa reforçar a participação democrática em 11 territórios-piloto em toda a Europa.

A investigadora representou o piloto transfronteiriço Gata-Malcata (Portugal-Espanha), uma iniciativa construída em estreita articulação com parceiros locais e regionais, incluindo a Adisgata, a Opaflor e o Gabinete de Cooperação Transfronteiriça da Junta da Extremadura, que marcaram presença nesta visita tão significativa ao Parlamento Europeu.

O piloto Gata-Malcata é fruto de um intenso trabalho colaborativo entre o Centre for Functional Ecology – Science for People & the Planet, em especial o grupo Societies and Environmental Sustainability Research Group, e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, com a coordenação de Giovanni Allegretti.

Durante 3 anos e meio foi possível reforçar a importância de processos de cocriação local e transfronteiriça, mostrando como a ciência e a participação cidadã podem caminhar juntas para enfrentar os desafios ecológicos e sociais do nosso tempo.

Parabéns a toda a equipa e aos representantes da comissão transfronteiriça Gata-Malcata por levarem as suas vozes a Bruxelas!

Em Bruxelas, Fátima Alves e Diogo Guedes Vidal do Societies and Environmental Sustainability Research Group do Centre for Functional Ecology – Science for People & the Planet, Laboratório Associado Terra da Universidade de Coimbra e da sua Extensão na Universidade Aberta de Portugal, estão na conferência final do projeto Phoenix H2020!

Nos últimos 4 anos, estivemos a co-produzir caminhos para transições ecológicas justas, empáticas e resilientes em 11 regiões da UE. Mas não ficamos por aqui!

• Fátima Alves irá participar numa mesa-redonda no Parlamento Europeu sobre:

“RECOMENDAÇÕES DE POLÍTICAS PARA INTEGRAR METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS NO GREEN DEAL.”

Por que é que isto importa? Porque as possíveis respostas aos desafios socioecológicos contemporâneos precisam de mais do que estratégias de cima para baixo — precisam das vozes e dos conhecimentos das comunidades em cada passo, humanas e não humanas.

Porque as crises ecológicas e sociais não se resolvem com decisões de gabinete. A legitimidade e a força de cada solução só nascem do diálogo, da escuta e da articulação na teoria e na prática.

De Bolonha a Gata-Malcata, aprendemos que:

• O contexto importa
• É preciso investir na confiança
• Redefinir o sucesso
• Incluir a Natureza e os seus elementos
• Combinar digital e local
• Respeitar os saberes e conhecimentos na sua diversidade e pluralidade

Estamos a propor um novo horizonte: Democracia Regenerativa — uma democracia que cuida, que co-produz e que assume responsabilidades coletivas para além do presente:

• Estruturas permanentes de co-criação a nível local
• Formação para facilitadores
• Guias de avaliação criativa em toda a UE
• Direitos da Natureza

O nosso objetivo é contribuir para tornar o Green Deal verdadeiramente participativo.

No dia 17 de maio, Diogo Guedes Vidal e Fátima Alves marcaram presença no 5.º Simpósio Mundial sobre Ciência e Investigação em Sustentabilidade, em Lisboa, para apresentar o poster intitulado “Voices Seeking to Be Heard: Rethinking Nature’s Role in Deliberative Processes for an Ecological Democracy”. Este poster aborda a interseção entre a crise ecológica e a erosão democrática, evidenciando os desafios impostos à governança centrada no ser humano.

Através da análise dos resultados do projeto PHOENIX H2020, a pesquisa explora como a natureza pode ser mais eficazmente representada nos processos de governança participativa, com o objetivo de promover uma democracia ecológica mais inclusiva. O estudo identifica a falta de modelos práticos que integrem a natureza nas decisões deliberativas e propõe novas abordagens que podem fortalecer a governança democrática, tendo em conta os desafios ecológicos contemporâneos.