A Loucura do Século XXI

Vivemos num mundo onde o sofrimento psíquico se tornou banal. Ansiedade, depressão, exaustão. Chamam-lhe a epidemia silenciosa do século XXI, mas será mesmo silenciosa? Ou estaremos todos a gritar por dentro, tentando sobreviver num sistema que nos consome? É esta a reflexão de Fátima Alves, coordenadora e investigadora do Societies and Environmental Sustainability Research Group do Centre for Functional Ecology – Science for People & the Planet, Laboratório Associado Terra da Universidade de Coimbra e da sua Extensão na Universidade Aberta de Portugal no Diário As Beiras desta semana.

O que nos está a adoecer?

Não é só o ritmo acelerado, a precariedade ou o isolamento. É a erosão dos laços sociais, a normalização da instabilidade emocional, a ilusão de que basta um comprimido ou uma app de meditação para suportar jornadas de trabalho insanas. E a natureza? Dizem que um passeio ao ar livre ajuda, mas como falar dos benefícios da natureza enquanto continuamos a destruí-la?

A loucura já não está nos asilos. Está no quotidiano. Está nos líderes que acumulam poder enquanto nos empurram para o abismo. Está na destruição dos ecossistemas que nos sustentam. Está num mundo que já não distingue delírio de estratégia, caos de progresso.

Há saída?

Talvez a verdadeira sanidade seja resistir. Construir comunidades que cuidam, que nos devolvam o essencial: conexão, humanidade, equilíbrio com a natureza.

Leia o artigo completo no Diário As Beiras


Alves, F. (2025, março 8). A Loucura do Século XXI. Diário As Beirashttps://www.asbeiras.pt/opiniao-a-loucura-do-seculo-xxi/